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sábado, 23 de junho de 2007

O Caso dos Cinco Branquinhos

["Essa galerinha vai aprontar todas!"]
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Capítulo I - O Crime, Os Suspeitos
Foi em uma pálida manhã de outono que Jean Battisti foi chamado pela polícia para fazer o reconhecimento de dois cadáveres: o de uma jovem mulher e o de um menino. O bárbaro crime chocou a sociedade parisiense, em especial os estudantes da Universidade de Paris, onde os corpos haviam sido encontrados. Eram eles de Giovanna e Josep Battisti, esposa e filho do pobre homem, respectivamente.

Todos cobravam justiça pelo ocorrido. A polícia, após muito tempo de investigações inúteis, resolveu prender o único suspeito que tinha em mãos: o próprio Jean, ainda em choque com o que havia visto na cena do crime.

Fosse Jean Battisti um homem comum, um pé-rapado, teria apodrecido na prisão ou morrido pela pena capital. Entretanto, o homem era o atual dono do café mais aclamado e adorado de Paris, Le Procope. Poderosos, ricos, intelectuais, toda a efervescente nata da sociedade - francesa e mundial - freqüentava "o melhor café e sorvete da cidade". Sendo assim, dois meses após o ocorrido, Jean Battisti foi libertado. Agora um homem amargurado e sedento de justiça, ele decidiu reabrir o café.

Le Procope era o ponto de encontro de cinco jovens de diferentes origens, que haviam se conhecido antes de o dono do café ser preso e ter que fechá-lo por prazo indeterminado. O grupo era composto pelo norte-americano Indrid Cold, universitário integrante de uma organização incipiente em sua terra natal; também pelo brasileiro (gaúcho) Adão, estudante da mesma universidade que o primeiro citado freqüentava; por David, um nobre inglês sem ocupação interessado em poemas melancólicos; assim como por Charlie, uma escocesa que se disfarçava como rapaz para ser levada a sério pela sociedade literária masculina. Completando a mesa 5 - a tradicionalmente ocupada pelo grupo -, ao final do expediente, surgia Annabelle, francesa de origem humilde, empregada no café, trazendo um ponto de vista mais realista sobre os assuntos.

Após a reabertura do Le Procope, essas pessoas retornaram ao lugar para apoiar Jean naquela difícil situação. A verdade é que o dono do café não era mais o mesmo - e já não tinha tanta confiança naqueles jovens como antes...

Acabou o assunto, vamo embora?